A ambliopia trata-se de uma disfunção visual causada pelo desenvolvimento anormal de um dos olhos. Nesse caso, um olho é muito diferente do outro, sendo que o mais fraco (também chamado de olho preguiçoso) acaba por não evoluir e participa pouco da visão.

Na realidade, o termo “olho preguiçoso” pode não ser muito apropriado, pois o cérebro simplesmente não está usando um dos olhos. Aí está a chave da questão. O quanto o cérebro pode se desenvolver e evoluir quando estimulado da forma correta. 

Por esse motivo é que há a crença de que a ambliopia e o estrabismo, por exemplo, podem melhorar mesmo após os sete anos de idade. Minha experiência profissional e a de muitos colegas reafirmam que a melhora pode acontecer em qualquer idade. Isso porque seu cérebro tem elasticidade suficiente para respaldar isso.

Nesse post você encontrará os seguintes tópicos:

Lembre-se de que nada substitui uma consulta com um médico oftalmologista. Ao menor sinal de desconforto visual, não hesite em procurá-lo. Boa leitura!

Sintomas mais comuns da ambliopia

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Entre os sintomas mais comuns de olho preguiçoso podem estar o desvio ou desalinhamento do olho. Porém, ele pode provocar outros graves problemas de visão, como: rápida perda de acuidade visual no olho afetado, perda de visão binocular ou no olho mais forte.

Pessoas estrábicas geralmente estão mais suscetíveis ao olho preguiçoso. O estrabismo em geral é um desalinhamento dos olhos que acontece porque os seis músculos que os rodeiam e que ajudam a focar os olhos não funcionam em conjunto de forma adequada.

Outra causa muito comum pode ser um erro refrativo, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo, que seja maior em um dos olhos. Esse problema pode acabar provocando uma informação descombinada, sendo que a precedência de um dos olhos faz com o que o cérebro ignore a informação do outro.

Tudo que acaba criando algum tipo de desequilíbrio visual pode provocar a ambliopia, desde catarata na infância, diferenças de forma ou de tamanho e outras anomalias anatômicas ou estruturais. Para ter certeza da causa, é preciso passar em uma consulta com oftalmologista.

Será que você tem um olho preguiçoso ou ele só nunca foi estimulado corretamente?

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Na verdade, muitos chamam de preguiçoso aquele olho que é mais fraco, ou seja, funciona com menos qualidade que o outro. Em geral, se trata daquele olho que você não enxerga tão bem, que tem alguma doença, grau maior de óculos etc.

Por isso, questiono sempre, será que ele é um olho preguiçoso mesmo? Ou foi você que não o estimulou a vida toda, por achar que ele não iria responder?

É importante que você conheça meios para estimular seu olho mais fraco,  para que ele deixe de ser o seu “olho preguiçoso” e você atinja o equilíbrio entre os dois olhos.

Alguns exercícios visuais podem ajudá-lo a fortalecer e equilibrar o uso da visão. Quando nós temos um olho mais fraco, acabamos sobrecarregando aquele mais forte. E aí o equilíbrio não acontece, e acabamos piorando o que estava bom algo que não queremos, certo?

Como descobrir qual seu olho mais fraco

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A primeira forma recomendada é olhar a receita dos seus óculos. Perceba qual lado tem o grau mais forte provavelmente este é seu olho mais fraco. Isso se, por acaso, o outro não tiver alguma doença associada e que não aparece na receita, como a catarata ou a degeneração macular.

Outro jeito de descobrir seu olho mais fraco para perto é pegar uma folha, tirar os óculos e, com um olho de cada vez, ler as palavras no papel. Tampe com a mão, sem forçar nem apertar, e vá fazendo essa verificação.

Você pode fazer o mesmo com uma tabela visual ou uma placa com letras colocadas a uma distância de, no mínimo, seis metros de você e assim verificar qual o olho mais fraco para longe.

Geralmente, o resultado acontece no mesmo olho, ou seja, ele é o mais fraco para longe e também para perto. Mas pode acontecer de um olho ser mais forte para longe e outro mais forte para perto.

É importante manter suas consultas com o médico oftalmologista em dia, de modo a evitar complicações futuras. Confira no vídeo abaixo um pouco mais sobre o olho fraco:

Pesquisas apontam melhora com terapia visual

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Pesquisas científicas de 2020, baseadas em evidências, mostram que a ambliopia pode ser tratada com sucesso em crianças mais velhas e adultos

Os estudos deste artigo traduzido, são assinados por Susan R. Barry, Ph.D., professora de neurobiologia em Ciências Biológicas no Mount Holyoke College, Massachusetts (EUA), autora de Fixing My Gaze (junho de 2009) e Rachel Cooper of Optometrists Network.

O conteúdo do artigo original pode ser conferido neste link.

A ciência por trás do método contradiz crenças populares e teorias médicas comuns sobre os limites de idade para o sucesso do tratamento do olho preguiçoso. 

Ainda existe uma crença geral de que a ambliopia só pode ser tratada até certas idades. Essa crença persiste apesar de muitos estudos científicos recentes.

Notavelmente, um estudo realizado em 2005 pelo Instituto Nacional de Olhos, dos Institutos Nacionais de Saúde, demonstrou que crianças de 13 a 17 anos podem melhorar a visão do olho amblíope com uma combinação de óculos, remendos e atividades de visão ao patch. 

Desde aquele estudo de 2005, vários outros adicionais foram realizados sobre a melhoria visual do olho preguiçoso em pacientes com mais de 12 anos de idade, incluindo adultos. 

No entanto, essas novas descobertas sobre o tratamento do olho preguiçoso em idades posteriores geralmente não se encaixam na prática geral de cuidados oftalmológicos. 

Ainda assim, lembre que manter um acompanhamento com seu oftalmologista de confiança é de suma importância para prevenir doenças e manter a saúde dos seus olhos sempre em dia. 

Exercícios para ambliopia

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Abaixo, confira outras dicas de exercícios. Eles podem ser importantes para ajudar na melhora do problema, porém existem muitos outros que possibilitam os dois olhos a funcionarem juntos. Para as crianças, você pode adaptar os exercícios por meio de brincadeiras.

Pratique o palming ao menos 12 a 15 minutos por dia. Para isso, você pode cobrir o olho mais forte com um tampão e estimular o olho mais fraco duas a três vezes ao dia por 10 minutos. Confira mais clicando aqui.

Compressas mornas nos olhos também podem ajudar. Umedeça uma toalha com água morna, deite-se e coloque-a sobre os olhos fechados por 5 minutos, 1 a 2 vezes ao dia. O aquecimento da região ajudará a diminuir as tensões.

Procure com frequência ser massageado, principalmente na região da face, pescoço e ombros. A automassagem pode ser praticada todos os dias. Essa prática, nas áreas citadas ajuda muito no relaxamento dos olhos, o que pode ser essencial para melhorar ambliopia e estrabismo.

Outro exercício que pode contribuir com sua recuperação, é o treino sunning. Para realizá-lo, você precisa fechar seus olhos e virar seu rosto em direção ao sol, fazendo movimentos com a cabeça durante aproximadamente 5 minutos. Confira abaixo uma simulação:

Abaixo, confira um depoimento de uma aluna do Curso Online Olhos de Águia que conseguiu combater a ambliopia com a ajuda dos métodos naturais e exercícios visuais:

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