IMPORTANTE
Os exercícios visuais NÃO substituem o tratamento médico oftalmológico convencional. Assim, consulte regularmente o seu oftalmologista, pois o método de exercícios naturais para os olhos é complementar à sua saúde visual. Não desautoriza nem desestimula, de forma alguma, a continuidade do tratamento médico oftalmológico.
Em caso de dúvida ou desconforto em seus olhos, procure o médico oftalmologista. Só ele é autorizado a fazer diagnósticos e a receitar ou suspender qualquer tipo de medicação. Não se automedique nem suspenda qualquer tipo de medicamento ou de tratamento sem a autorização do seu médico oftalmologista.
4 dúvidas básicas sobre Ambliopia — que são mais frequentes tanto nas minhas mídias sociais como entre meus alunos — se referem ao surgimento da doença e os se adultos podem melhorar com os exercícios visuais. No entanto, antes de falar especificamente sobre a possibilidade de melhora com o método, acho que vale a pena explicar um pouco sobre a doença.
Na Ambliopia, por conta de uma disfunção visual, um dos olhos se desenvolve de forma anormal. Ou seja, um olho é muito diferente do outro. O olho mais fraco, que também leva o nome de olho preguiçoso, não evolui, o que o leva a participar muito pouco da visão. Há diversos motivos para isso. Porém, entre os mais comuns, estão o Estrabismo (desvio do olho), além de uma grande diferença de grau dos óculos entre um olho e outro.
Costumo destacar que o termo “olho preguiçoso” não é apropriado, pois o cérebro simplesmente não está usando um dos olhos. E aí está a chave da questão porque muitas descobertas ainda vem sendo feitas a respeito do quanto o cérebro pode se desenvolver e evoluir quando estimulado da forma correta.
Dessa forma, acredito que a Ambliopia e o Estrabismo, por exemplo, podem melhorar mesmo após os sete anos de idade. Ou seja, pela minha experiência profissional a melhora pode acontecer em qualquer idade. Isso porque seu cérebro tem elasticidade suficiente para respaldar isso.
4 Dúvidas sobre Ambliopia: saiba quais são as mais frequentes
1. Ambliopia é uma deficiência?
Nos casos de Ambliopia, um dos olhos tem funcionalidade abaixo do normal. Isso significa que o cérebro recebe imagens diferentes de cada olho. Então, o cérebro resolve esta confusão ignorando uma das imagens (Ambliopia por Anopsia CID H 53.0), o que faz com o que o olho não seja usado e essa parte do cérebro fique subdesenvolvida. A Ambliopia não é um problema no olho em si. Porém, pode causar alguns problemas de visão.
2. Quais são os sintomas mais comuns da Ambliopia?
Os dois mais comuns são: desvio ou desalinhamento do olho. Porém, pode provocar outros graves problemas de visão, como: rápida perda de acuidade visual no olho afetado, perda de visão binocular e risco de perda de visão no olho mais forte.
Pessoas estrábicas geralmente estão mais suscetíveis ao olho preguiçoso. O Estrabismo é um desalinhamento dos olhos que acontece porque os seis músculos que os rodeiam e que ajudam a focar os olhos não funcionam em conjunto de forma adequada.
Erros refrativos como Miopia, Hipermetropia ou Astigmatismo podem ser maiores em um dos olhos. Esse problema acaba provocando uma informação descombinada, sendo que a precedência de um dos olhos faz com o que o cérebro ignore a informação do outro. Tudo que acaba criando algum tipo de desequilíbrio visual pode provocar a Ambliopia.
3. Como posso descobrir qual é o meu olho mais fraco?
Pegue uma folha, tire os óculos e, com um olho de cada vez, leia as palavras no papel. Tampe com a mão, sem forçar nem apertar, e vá fazendo essa verificação.
Você pode fazer o mesmo com uma Tabela Visual ou uma placa com letras colocada a uma distância de, no mínimo, 6 metros e, assim, verificar qual o olho mais fraco para longe. Geralmente, o resultado acontece no mesmo olho, ou seja, ele é o mais fraco para longe e também para perto. Mas pode ocorrer de um olho ser mais forte para longe e outro mais forte para perto.
4. Será que meu olho é preguiçoso mesmo ou nunca foi estimulado corretamente?
Entre as 4 Dúvidas sobre Ambliopia está esse questionamento. Na verdade, muitos chamam de preguiçoso aquele olho que é mais fraco. Ou seja: funciona com menos qualidade que o outro. É aquele olho que você não enxerga tão bem, que tem alguma doença, grau maior de óculos etc.
Assim, questiono sempre, será que ele é um olho preguiçoso mesmo? Ou foi você que não o estimulou a vida toda, por achar que ele não iria responder?
Dessa forma, alguns exercícios visuais são especiais para ajudá-lo a fortalecer e equilibrar o uso da visão. Quando nós temos um olho mais fraco, acabamos sobrecarregando aquele mais forte. E aí o equilíbrio não acontece de um jeito que melhore o ruim. Mas, sim, piorando o que estava bom – algo que não queremos, certo?